O diretor faz um paralelo entre as estações do ano e as fases da vida do jovem aprendiz de monge.
Experiências como a solidão, a religiosidade, a paixão, o ciúme, o desequilíbrio, o perdão e por fim a maturidade integram a vida do jovem monge. A simplicidade do cenário - uma cabana num lindo lago - é a contraposição da complexidade dos sentimentos que habitam o coração do personagem.
A natureza é exaltada e os animais, sempre presentes, são símbolos da trajetória do jovem, assim como as estações do ano. A relação do homem com a natureza é um desafio ao monge ainda quando criança. A paciência e abnegação do mestre se fazem presente durante toda a narrativa.
O filme desperta questionamentos em nossa própria existência. Mesmo que tão distante da nossa realidade, os questionamentos do aprendiz se mostram os mesmos de qualquer outro ser humano. A descoberta de cada experiência, da agitação da infância, à perturbação da juventude e, finalmente, o reencontro consigo mesmo, na maturidade. O que buscamos? Quem somos? Até que ponto a religiosidade que cultivamos ou não pode interferir no processo de auto-conhecimento? Todos, onde quer que estejamos, estamos sujeitos a esse processo de crescimento psicológico, e cada um de nós se submete a este ciclo de maneira única, dotados da solidão com que somos presenteados no nascimento e na morte.
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